terça-feira, 7 de setembro de 2010

Portas

Insistem em me trancar para não me deixar ver, eu vejo algo muito além de vocês, suas frases ficam incompletas, eu só escuto o que eu quero ouvir. Quero gritar, mais a minha voz não quer sair, não gosto de discutir mais se for preciso eu discutirei. O meu sonho maior é que esqueçam a porta aberta e eu escape de uma vez, eu correrei pra bem longe onde não aja paredes eu correrei para os montes onde o ar se estreita, onde na há portas, nem paredes, onde meu corpo fica só, quero correr para o mar mais não se nadar. Eles me encontraram, não sei para onde irei, me levam pela as mãos e dizem que vai ficar tudo bem, mais eu sei, que vão me trancar outra vez, mais eu sei, que as portas vão se fechar e meus olhos vão se apagar, e minha voz vai falhar,meu corpo, o ar, vai aos poucos sumindo na escuridão de um castigo imposto pelos que dizem que me tomam como um ser sem razão. O que eles sabem sobre razão, esquecidos por outros, eles não me esquecem, queria ser ninguém para que eles não me vejam. Qual é o seu limite da razão?Quando você pararia para descansar, você só foge e nunca há paz, por que a razão esta na cabeça de quem procura, e os meus sonhos já se consumiram, eu estou só, as portas se fecham e as paredes me recolhem me sinto sem vida, mais eu estou aqui.

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